domingo, 1 de novembro de 2009

Consciência Negra


Novembro é o mês da consciência negra. Em meio a tantas piadinhas como a que diz que 20 de Novembro é o “dia dos pretos” ou “vamos fazer um dia dos brancos também”, que pregam uma ideia simplista e superficial da questão, vou me ater rapidamente a uma das faces do bolo que forma a base da reflexão prestigiada pela data e que acho muito interessante: a linguagem.
Não nos damos conta da quantidade de palavras de raízes africanas, especialmente de línguas Bantas (quicongo, quimbundo, umbundo), em nossa linguagem brasileira.
São palavras faladas por pobres e ricos, garis e banqueiros, descendentes de povos europeus, mas que foram trazidas pelos escravos à partir do século XVII e disseminadas por todo o território nacional.
Dentre várias outras, as mais populares:
Carimbo, caçula, cachaça, samba, dengo, jiló, catinga, sacana, moleque, muamba, xingar, banguela, cangaço, babaca, camundongo, fungar, cafungar, cafuné, ginga, beleléu, moqueca, quitute, cachimbo, macaco, coroca, mandinga, fubá, canga, tanga, lengalenga, caxumba, quiabo, quitanda, cochilo, tutu, songamonga, moringa, capanga, bagunça, maconha, bunda...
Observando aspectos como este é que começamos a entender a dinâmica da cultura, jogamos luz à ideias pré conceituadas e caminhamos rumo ao exercício da “consciência”.